O Dia da Mentira, também conhecido como “Dia dos Bobos”, é comemorado em diversos países do mundo em 1º de abril, e várias pessoas criam histórias divertidas para contar aos outros. No mundo dos livros, há mentiras divertidas às mais cabulosas.
Há personagens que mentem por necessidade, por vaidade ou por diversão, e suas mentiras podem ter consequências graves para as tramas, mas que são inesquecíveis e tão bem contadas que parecem verdadeiras. Confira alguns personagens de livros que parecem verdade! Ah! Fique tranquilo, desta vez não falaremos de Pinóquio – embora seja um clássico.
O Auto da Compadecida
No clássico da literatura nacional o “Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna, os amigos Chicó e João Grilo são pobres, e por necessidade vivem de pequenos golpes e mentiras para sobreviverem no sertão nordestino. Eles enganam o padre, o bispo e até o diabo, mas acabam se dando mal quando a Compadecida – a santa protetora dos pobres, decide julgá-los. No julgamento, descobrem que não só eles disseram mentiras, mas todos os personagens mentiam por outros motivos.
Aliás: O Auto da Compadecida vai ganhar uma segunda versão no cinema.
Livro:
Filme:
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O Grande Gatsby
No clássico de F. Scott Fitzgerald, o personagem Jay Gatsby, é um empresário bem-sucedido, mas que construiu sua fortuna ilegalmente. Gatsby aparenta ser uma pessoa de bons costumes para a sociedade, o que poucos conhecem é que a máscara de mentiras que ele veste com seus amores e amigos sobre sua própria história e identidade. Ele acaba falecendo por conta das mentiras que dizia. É um livro que faz refletir sobre sucesso, autoestima e até que ponto as pessoas conseguem mentir para si mesmas.
Livro:
Filme:
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As Mentiras que os Homens Contam
Em “As Mentiras que os Homens Contam”, de Luís Fernando Veríssimo, o autor retrata vários tipos de mentiras que os homens contam para si mesmos e aos outros – no amor, no trabalho, para os familiares, as mentiras políticas, enfim várias situações que mostram como a mentira pode ser uma desculpa, forma de escapar da realidade ou enrascadas ou ainda de manipular as outras pessoas.
Veríssimo faz uma crítica irônica à sociedade contemporânea e uma reflexão sobre a natureza humana: contar algumas mentiras que fossem um “quase de verdade”, quem nunca?
Livro:
Filme: Não há uma adaptação do livro em formato de filme. Mas tem uma série chamada “Sexo Frágil”, exibida pela Globo que foi inspirada na peça o “Homem Objeto”, também escrita por Luís Fernando Veríssimo, que conta as fragilidades do homem no mundo moderno, de forma humorada, vale dar uma espiada:
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1984
Este é um clássico da literatura distópica (ficção futurista), escrito por George Orwell, que descreve uma sociedade totalitária na qual o governo utiliza mentiras para manipular a vida de todos os cidadãos, por meio do poder, da política e da propaganda, incluindo os pensamentos e as emoções.
Na história, o protagonista, Winston Smith, é um funcionário do governo que começa a questionar a autoridade, a verdade sobre o passado e passa a repensar suas próprias ações. Ele acaba se envolvendo com uma mulher que compartilha das mesmas ideias que a dele, mas acaba sendo traído e torturado pelo governo. É uma leitura muito interessante para compreender certas formas de poder no mundo contemporâneo, então vou parar o spoiler por aqui.
Livro:
Filme:
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O Apanhador no Campo de Centeio
Em “O Apanhador no Campo de Centeio”, escrito por J.D. Salinger, Holden Caulfield, é um personagem jovem, problemático e de família abastada. Ele é expulso do colégio e passa dias andando em Nova Iorque, criando uma série de mentiras sobre si mesmo, além de questionar a superficialidade da sociedade que o entedia. Na história, ele inventa realidades sobre si por uma questão de autoestima e para justificar as frustrações que sente. Pode parecer um tanto pessimista, mas é um clássico. Os clássicos sempre merecem um lugar em nossas leituras para ampliar visões de mundo.
Livro:
Filme: O filme é baseado na vida do autor da obra J.D. Salinger.
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De onde veio o Dia da Mentira?
Diz a lenda que a data começou quando o rei Carlos IX instituiu o calendário gregoriano e determinou que o Ano Novo seria celebrado em 1º de janeiro, que anteriormente era comemorado entre 25 de março e 1º abril.
Quem não aceitava a mudança, era trolado e chamado de “bobo”, pois celebravam o Ano Novo em 1º de abril. Com o tempo, a brincadeira se espalhou pelo mundo e se tornou uma data onde fazem piadas e contam histórias enganando uns aos outros, mas coisas inofensivas, apenas por diversão.
K.C
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