Tá tudo bem. Tudo bem? Sim. É diferente começar um texto de um tema um tanto complexo dizendo isto, mas repito: está tudo bem! E sabe por quê? A pessoa que não vai torcer por você nem sempre sabe os motivos que a levaram a ser assim.
Ou seja: nem ela se suporta, nem ela se entende ou torce por si mesma. Como vai torcer por alguém quando algo bom acontece?
Este ano, me abri para coisas novas. Vi amigxs e conhecidxs buscando se abrir ao novo também.
Ouvindo algumas histórias percebei que, tal como eles, também ficava chateada ao perceber que a empolgação e a torcida não eram as mesmas quando algo bom ou diferente acontecia, como se espera numa amizade.
O que pode estar por trás de torcer ou não?
A percepção passou a mudar quando li o livro ” Uma breve história da humanidade”, do historiador Yuval Harari e tive a oportunidade de conhecer um pouquinho do trabalho do neurocientista Matthew Lieberman.
Cada qual a seu modo defende que a inveja entre pessoas é uma consequência e não a causa como costumam colocar:
Os seres humanos foram conduzidos a se comparar por qualquer coisa, sem pensar muito bem nisto. A comparação não vem de agora com o aumento das redes sociais, embora seu uso exagerado potencialize a ação.
Ela vem de milênios, quando as tribos ainda se comunicavam com gestos e buscavam formas de sobrevivência para se sobressair umas as outras.
Nas tribos já haviam olheiros, fofocas e grupos que se mediam, observando fragilidades para então apontar o dedinho, que conduziram os humanos ao longo do tempo a desenvolver outros atributos nada legais, entre eles a comparação negativa, o sentimento de “superiores vs. inferiores” e a inveja – que gera até mesmo uma dor física ou de prazer no cérebro do invejoso.
As corriqueiras comparações sobre conquistas, feito uma quantificação de pesos e medidas, estão há séculos entre as pessoas e são passadas por gerações. Felizes são os que desobedecem estas normas e fazem exatamente o oposto na sua vivência. – Kelly Christi
Por que a comparação faz com que uma pessoa fique olhando para fora o tempo inteiro ao invés de enxergar seus próprios talentos e por assim ter sido incentivada a viver, não vai fazer questão nenhuma de torcer por alguém.
Por consequência, tenderá a produzir sentimentos nada bons: baixa autoestima, palavras negativas para desmotivar os outros a sua volta, enfim atitudes que não acrescentam.
Está tudo bem se afastar
Então, aquele seu “amigo” que se comportou de um jeito parecido do Tio Scar com o Simba na pedra do reino, provavelmente pode estar dentro desta egrégora da comparação e nem ter percebido.
É preciso suportá-lo? Não, mesmo que a consideração exista. Nunca é obrigação suportar! A vida é breve demais pra isto.
Aos grandes “torcedores”, é bom deixar a #queDeusteguie #FujaScar e não volte nunca mais e substituir a vibe da comparação pela vibe do compartilhar com a tribo de quem realmente torce por você. – Kelly Christi
K.C
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