Entenda o que estão comentando sobre o aumento de temperaturas e dicas de especialistas para cuidar da saúde em dias quentes
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O inverno de 2023 terminou com um climão de verão e temperaturas mais elevadas que o normal. Segundo informações do Instituto Nacional de Metereologia (Inmet), estima-se que a primavera terá períodos mais intensos de chuva nas regiões Sul e temperaturas quentes nas regiões Norte. Também já é esperado que esta primavera conte com temperaturas mais elevadas que o normal, devido ao efeito El Niño e o lançamento excessivo de gases que contribuem para piorar o efeito estufa.
Em meio às mudanças de temperatura, sinais de fraqueza, desidratação, pele ressecada são alguns dos sintomas mais comuns que podem ocorrer em temperaturas elevadas e que só no Estado de São Paulo registrou mais de 102% de atendimentos em comparação a 2022, conforme a Secretaria de Saúde.
Para evitar problemas mais graves e aproveitar o melhor da estação com os devidos cuidados, hoje trago um “mini-guia” com dicas de especialistas para cuidar da saúde no calor, confira:
Tome sol em horários adequados
O sol é importante para auxiliar a produzir a Vitamina D – produzida devido à radiação solar ultravioleta B (UVB), então ele não deve ser evitado, exceto em pessoas com problemas de pele mais delicados, sendo necessário um acompanhamento médico para tomar sol em horários adequados.
Conforme informações da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o sol fica mais intenso entre 9h e 15h, então é aconselhável evitar a exposição nestes períodos e tomar sol sempre depois destes horários, quando os raios solares não estão tão intensos.
Para pele clara, a quantidade mínima de exposição ao sol é de 15 minutos e em peles negras no mínimo 30 minutos, pois peles mais escuras tendem a produzir menos vitamina D.
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Use o protetor solar da forma correta
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Já não é mais novidade que para cuidar da saúde no calor é importante utilizar o protetor solar. Mas será que é só isso? Não. Segundo a SBD, é importante proteger as partes expostas ao sol, sempre levando em consideração:
- Lembrar que o protetor deve ser passado no corpo no mínimo 15 minutos antes de sair e esperar secar, antes de acrescentar o hidratante ou maquiagem
- Repassar o protetor solar após duas horas, quando estiver em contato com a água
- Utilizar o protetor mesmo em dias nublados, devido à exposição dos raios ultravioletas UVA, presentes em qualquer estação do ano
- Passar o protetor solar como se fosse uma colherzinha de chá em cada parte do corpo exposto ao sol. Confira a recomendação:
Imagem: Instituto Dermatológico
Como comprar o protetor correto?
Outro ponto importante é saber qual é o melhor protetor solar para comprar. Produtos com cores, tendem a ser melhores que os sem pigmentação, porque protegem dos dois fatores químicos (absorção da radiação ultravioleta) e físicos (reflexão da luz solar e impedimento de sua penetração na pele). Também é possível optar por produtos à base de gel ou sem óleo, em casos de acne.
A indicação da SBD é que peles negras e morenas contem com protetores solares com FPS (Fator de Proteção ao Sol) de 30, já as peles mais claras podem optar por protetores com FPS entre 50 a 70.
Aposte nos acessórios
Chapéu e boné não são apenas acessórios para deixar o look mais estiloso nas estações de primavera-verão. Eles auxiliam a proteger contra os raios UV, então não somente acessórios, como roupas que contam com esta barreira física são interessantes para cuidar da saúde no calor.
Outro acessório essencial são os óculos de sol, segundo o Instituto de Oftalmologia de Curitiba, os óculos auxiliam a absorver 80% dos raios ultravioletas. Para escolher um óculos vale ter a atenção se eles protegem contra raios UVB, UVA e UVC, pois evitam o aparecimento de doenças oculares, como catarata.
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Tome bastante água
Uma dica que todos já sabem e que é super importante para cuidar da saúde no calor, mas não poderia faltar por aqui é a necessidade de tomar mais água em dias mais quentes, no mínimo 2 litros por dia.
Os especialistas insistem neste ponto por que todo nosso corpo passa por muitas alterações ao mesmo tempo no calor que provocam a hipertermia – temperatura corporal mais alta que o normal – fator que pode até levar ao óbito, quando não se toma os devidos cuidados.
Conforme informações publicadas no G1, a hipertermia ocorre com o aumento da frequência cardíaca e o intenso trabalho do organismo para manter a temperatura de 36,5º. Neste processo, o suor aumenta e a produção de hormônios diminui e perde-se muita água do corpo, portanto é importante levar sempre com uma garrafinha térmica com água para se hidratar.
Consuma alimentos leves
No calor vale consumir alimentos mais leves. A Prefeitura de Santos-SP destacou alguns dos alimentos mais indicados por profissionais de nutrição, que aumentam a saciedade e não são pesados, como as carnes brancas – peixe, frango; legumes como cenoura, alface, repolho e frutas de sua preferência ou que contenham mais água – como melancia.
Para melhorar a alimentação, o ideal é buscar o apoio de um nutricionista, mas caso não seja possível, sempre há boas alternativas e canais de nutricionistas responsáveis no YouTube. Aliás, o Ministério da Saúde conta com um Guia Alimentar da População Brasileira, com várias dicas para se alimentar melhor, acesse aqui
Evite roupas molhadas
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Vai para a praia, o clube ou a piscina? Então, atente-se para não ficar com roupas molhadas por muito tempo. Biquini, sungas e bermudas molhadas podem causar micoses. De acordo com informações do Hospital Oswaldo Cruz, as micoses de verão tem uma cor típica, podendo ter o aspecto rosa ou branco.
Também é comum que as micoses apareçam nos pés, nas mãos e nas partes íntimas quando não são enxugadas de forma correta, e ocorrem ainda pelo compartilhamento de objetos como toalhas, chinelos, ou por usar sapatos fechados em dias quentes, por muito tempo.
Umidifique o ambiente da casa
Quem não tem um ar-condicionado, utilizar um umidificador eletrônico, ventilador, ter plantas na casa ou ainda utilizar opções caseiras como colocar uma bacia com água no ambiente, são algumas ideias que podem ajudar a umidificar o ambiente. O ideal é utilizar o umidificador quando o ar estiver abaixo de 50%, segundo informações da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), publicadas no G1.
O aplicativo AirVisual | Air quality pode auxiliar a medir o ar, acesse em android aqui e em iOS aqui
Atente-se para o fenômeno “estresse térmico”
Outro fator que pode gerar problemas de saúde é o “estresse térmico”, que ocorre quando o corpo aguenta um calor mais elevado que suportaria. Um estudo do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa), da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, apontou que várias cidades do país sofrem com condições meteorológicas que prejudicam o corpo humano, entre elas Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo e Campinas.
Portanto, cuidar da saúde no calor é mais necessário que imaginamos para o bem-estar. E então, vamos colocar as dicas em prática?
K.C
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Fontes: Estado de Minas | CNN | O Globo | Viver Bem | SBD